CAPÍTULO 53: “Era Desprezado, e o Mais Rejeitado Entre os Homens, Homem de Dores, e Experimentado Nos Trabalhos”
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Este pequeno capítulo, consistindo de somente 12 versículos, contem, sem dúvidas, a maior profecia do Velho Testamento predizendo a vinda do Messias.[1] Este capítulo foi citado pelos escritores do Novo Testamento mais do que qualquer outro—pelo menos 10 vezes.[2] As citações no Novo Testamento seguem a mesma redação da Septuaginta.[3] Este capítulo também serviu como a fonte de texto para cinco das apresentações musicais de “O Messias” de Handel.
Os capítulos 48 até 54 são citados por completo ou em parte no Livro de Mórmon[4] e são explicados e expostos em detalhes. O capítulo 53 é citado no Livro de Mórmon pelo profeta Abinádi, que testificou sobre a vinda do Senhor Jesus Cristo. O relato do ministério e profecias de Abinádi encontram-se em Mosias capítulos 11 até 17. A citação de Isaías 53 encontra-se em Mosias 14; ele explica as palavras de Isaías em dois capítulos que seguem a citação, confirmando que o servo sofrido descrito neste capítulo é o Messias.[5] As palavras usadas por Abinádi são quase as mesmas da versão da Bíblia de João Ferreira de Almeida. As diferenças, quando mencionadas, estão em itálico neste comentário.
Os doze versículos deste capítulo, juntamente com os versículos 13 até 15 do capítulo 52, englobam os últimos quatro salmos de servo reconhecidos na obra de Isaías.[6] Em um salmo de servo, características de um servo do Senhor são apresentadas em forma de um salmo. Como foi explicado por Isaías nos quatro salmos de servo, Cristo é o melhor exemplo de um servo—fielmente servindo a Seu Pai e obedecendo-Lhe em todas as coisas.[7] Vários profetas, inclusive Isaías,[8] também preencheu os critérios de um servo do Senhor.[9] Outros que mostraram qualidades como as de Cristo como um bom servo, incluem Joseph Smith, o profeta da restauração;[10] os Santos dos Últimos Dias;[11] a casa de Israel quando digna;[12] e possivelmente outros. Neste salmo de servo, Isaías descreve a humilhação e sofrimentos que o Messias passaria ao levar a cabo o sacrifício supremo exigido pela Expiação. Devido ter sofrido pelos nossos pecados e dado Sua vida por nós, Ele provê a ressurreição para cada um de nós e intercede pelos penitentes.
O versículo 1, que consiste de duas frases paralelas, apresenta e, simultaneamente, responde duas perguntas: “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?” Abinádi introduz as citações de Isaías com a frase “Sim, e não diz Isaías”, inserida no começo do versículo 1.[13] Este versículo é como uma equação algébrica: As duas frases são iguais, com o “e” servindo como o sinal de igual. A resposta para a pergunta “Quem deu crédito à nossa pregação?” é “a quem se manifestou o braço do Senhor”. Por outro lado, a resposta para a pergunta “a quem se manifestou o braço do Senhor?” é “quem deu crédito à nossa pregação”. Isto indica uma lei eterna imutável: Se requer a fé antes da revelação; bênçãos espirituais são dadas aos fiéis, cujas mentes e pensamentos já estão alicerçados na crença.[14]As duas frases paralelas são complementares—nem uma frase nem outra fornece o significado completo. A ideia completa só vai ser compreendida quando ambas frases forem refletida juntas. “Nossa pregação” significa o testemunho de todas os profetas que predisseram a vinda do Messias.[15]
João, no Novo Testamento, cita este versículo:
“E, ainda que tinha feito [Jesus] tantos sinais diante deles, não criam nele;
Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?”[16]
Vários outros acontecimentos na vida de Jesus Cristo, além deste, foram citados por escritores do Novo Testamento como profecias Messiânicas cumpridas.[17]
Paulo também cita este versículo: “Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?”[18] Ambas citações testificam que fé precede às bênçãos, às revelações ou à cura.
Ao aplicar esta passagem aos nossos dias, Bruce R. McConkie ensinou:
“Quem dará crédito a nossas palavras e quem ouvirá nossa mensagem? Quem honrará o nome de Joseph Smith e aceitará o evangelho restaurado através de sua instrumentalidade?
“Respondemos: As mesmas pessoas que teriam acreditado nas palavras do Senhor Jesus e dos antigos apóstolos e profetas, se tivessem vivido naquela época.
“Se credes nas palavras de Joseph Smith, teríeis crido no que diziam Jesus e os antigos.
“Se rejeitais as palavras de Joseph Smith, teríeis rejeitado igualmente a Pedro e Paulo e a sua mensagem.
“Se aceitais os profetas que vos envia o Senhor hoje, acetais igualmente o Senhor que os enviou.
“Se rejeitais o evangelho restaurado e encontrais falhas no plano de salvação ensinado pelos que Deus enviou nestes últimos dias, teríeis rejeitado esses mesmos ensinamentos proferidos pelos profetas e apóstolos de antigamente.[19]
O versículo 2 prediz o início da vida de Jesus: “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. O Messias prometido cresceria em humildes condições, sem glória ou majestade; Ele não atrairia a atenção dos seres humanos por causa de Suas circunstâncias sociais. O significado hebraico para “não havia boa aparência nele, para que o desejássemos” é “não era por sua aparência”.[20] A sociedade em que Ele seria criado, negá-lo-ia as honras do mundo. Ele seria criado numa cultura que não tinha a capacidade de nutri-Lo espiritualmente, descrito metaforicamente, aqui, como “terra seca”. Sua força de espirito seria intrínseca, trazida por Ele dos céus—como um tenro renovo emergindo espontaneamente da terra seca.
Abinádi prediz a vinda do Messias, explicando as palavras de Isaías: “… Quisera que compreendêsseis que o próprio Deus descerá entre os filhos dos homens e redimirá seu povo”.[21] O próprio Criador dos céus e da Terra—Ele que falou com os profetas da antiguidade; Ele que dividiu as águas do Mar Vermelho para que os israelitas pudessem atravessar em um caminho seguro de terra seca—Ele próprio viria como Redentor, o Messias prometido.
Lucas, no Novo Testamento, descreve o cumprimento desta profecia:
“E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.
E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”.[22]
O versículo 3 descreve a perseguição e humilhação que o Senhor sofreria: “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum”. Abinádi amplifica: “E assim a carne, tornando-se sujeita ao Espírito, ou o Filho ao Pai, sendo um Deus, sofre tentações e não cede a elas, mas sujeita-se a ser escarnecido e açoitado e expulso e rejeitado por seu povo”.[23]
Apesar de serem o povo do convênio do Senhor, que deveria tê-Lo recebido de braços abertos, os judeus rejeitariam-No, devido estarem em um estado de predominante iniquidade e cegueira espiritual. Jacó, no Livro de Mórmon, explicou:
“Portanto, como vos disse, é necessário que Cristo … venha aos judeus, aos que são a parte mais iníqua do mundo, e eles o crucificarão—pois assim deseja nosso Deus; e nenhuma outra nação na Terra crucificaria seu Deus”.[24]
Howard W. Hunter ensinou:
“Mas Jesus não foi poupado de sofrimento, dor, angústia bofetadas de Satanás. Língua alguma não é capaz de descrever o fardo indizível que carregou, como também não temos o discernimento para entender o Profeta Isaías quando o descreve como ‘homem de dores’”.[25]
O versículo 3—juntamente com Isaías 50:6—foi colocado em música em “O Messias” de Handel, Parte 2 número 23—Área para Alto, “Era Desprezado”.
O versículo 4 prediz: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido”. Aqueles que rejeitassem o Senhor durante Seu ministério mortal, pensariam que Ele estava sendo punido ou ferido por Deus.[26] Jacó exclamou:
“Oh! Quão grande é a santidade de nosso Deus! Pois ele conhece todas as coisas e não há nada que não conheça.
“E ele vem ao mundo para salvar todos os homens, se eles derem ouvidos a sua voz; pois eis que ele sofre as dores dos homens, sim, as dores de toda criatura vivente, tanto homens como mulheres e crianças, que pertencem à família de Adão”.[27]
Cristo tomou sobre Si nossas dores para que pudesse prover as bênçãos da salvação para toda a família humana.
Mateus descreve outra maneira pela qual esta profecia seria cumprida:
“E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;
“Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças”.[28]
Não só Ele tomou sobre Si as dolorosas consequências de nossos pecados, provendo, assim, o meio para o arrependimento e perdão; mas também curou as enfermidades físicas de muitos, através de Seu poder divino, restituindo-lhes a saúde—sua cura física serviu como um símbolo para a purificação espiritual e para a redenção. Ele continua fazendo o mesmo hoje em dia, através de Seus representantes ordenados.
Os versículos 3 e 4 contém um quiasma:
A: (3) Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens,
B: homem de dores,
C: e experimentado nos trabalhos;
D: e, como um de quem os homens escondiam o rosto,
E: era desprezado,
E: e não fizemos dele caso algum.
D: (4) Verdadeiramente ele
C: tomou sobre si as nossas enfermidades,
B: e as nossas dores levou sobre si;
A: e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Ao levar a cabo a Expiação, Jesus Cristo seria desprezado e rejeitado. Ele seria um homem de dores, e experimentado nos trabalhos, porque Ele tomou sobre Si nossas dores e sofrimento. Entretanto, Seu povo—que deveria tê-Lo recebido com gratidão, por causa de Sua incomensurável dádiva oferecida à toda humanidade—rejeitá-Lo-ia. O enfoque deste quiasma é “era desprezado, e não fizemos dele caso algum”, em torno do qual a estrutura poética se desenvolve. “Como um de quem os homens escondiam o rosto” complementa “Verdadeiramente ele [tomou sobre si as nossas enfermidades]”. “Experimentado nos trabalhos” corresponde com “tomou sobre si as nossas enfermidades”, explicando que Ele conhecia muito bem nossas enfermidades; “homem de dores,” comparara-se com “as nossas dores levou sobre si”; e “era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens” é complementado por “nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido”.
O versículo 5 explica em mais detalhes: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Aqui, Isaías apresenta um paradoxo: Através do castigo imposto a Cristo, recebemos paz; e através de Suas “pisaduras”— humilhação física, sofrimento e morte—somos sarados. A comparação—um contraste literário—acentua em nossas mentes tanto a severidade do sofrimento do Senhor ao tomar sobre Si nossos pecados quanto a paz infinita que cada um de nós podemos obter através do arrependimento, possibilitado pelo sofrimento e sacrifício do Senhor. A palavra “paz” foi traduzida do hebraico shalowm, que também significa “bem-estar” ou “íntegro”.[29] O sacrifício expiatório do Messias sara-nos, fazendo-nos íntegros ou completos.
Pedro, no Novo Testamento, cita o versículo 5: “Levando ele mesmo [Jesus Cristo] em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”.[30]
Os versículos 4 e 5 foram colocados em música em “O Messias” de Handel, Parte 2 número 24—Refrão, “Verdadeiramente Ele Tomou Sobre Si as Nossas Enfermidades”. Também, o versículo 5 foi colocado em música em “O Messias” de Handel, Parte 2 número 25—Refrão, “E Pelas Suas Feridas Fostes Sarados”.
Lucas descreve os incomparáveis acontecimentos que se passaram na época em que o Senhor tomou sobre Si os pecados da humanidade:
“E, saindo [Jesus], foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.
“E quando chegou àquele lugar [Getsêmani[31]], disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.
“E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava,
“Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.
“E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.
“E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão”.[32]
Em Doutrina e Convênios, o Senhor descreve Seu incomensurável sofrimento:
“Portanto ordeno que te arrependas—arrepende-te, para que eu não te fira com a vara de minha boca e com minha ira e com minha cólera e teus sofrimentos sejam dolorosos—quão dolorosos tu não sabes, quão intensos tu não sabes, sim, quão difíceis de suportar tu não sabes.
“Pois eis que eu, Deus, sofri essas coisas por todos, para que não precisem sofrer caso se arrependam;
“Mas se não se arrependerem, terão que sofrer assim como eu sofri;
“Sofrimento que fez com que eu, Deus, o mais grandioso de todos, tremesse de dor e sangrasse por todos os poros; e sofresse, tanto no corpo como no espírito—e desejasse não ter de beber a amarga taça e recuar—
“Todavia, glória seja para o Pai; eu bebi e terminei meus preparativos para os filhos dos homens.
“Assim, ordeno outra vez que te arrependas, para que eu não te humilhe com minha onipotência; e que confesses teus pecados para que não sofras esses castigos dos quais falei, os quais experimentaste em pequeníssima, sim, em ínfima proporção, quando retirei meu Espírito”.[33]
Devido seu sacrifício expiatório, o Senhor pode permitir com que a Sua misericórdia satisfaça as demandas da justiça. Justiça é a lei imutável que faz com que cada ação tenha as suas consequências.[34] Devido à lei da justiça, recebemos as bênçãos quando obedecemos os mandamentos de Deus.[35] A justiça também demanda que a pena seja paga para todos os pecados cometidos, requerendo que nenhuma coisa impura seja permitida a habitar com Deus.[36] Quando o Salvador levou a cabo a Expiação, Ele tomou sobre Si nossos pecados. Ele foi capaz de “cumprir … todos os requisitos da lei”[37] porque subjugou-se às penas exigidas pela lei para os nossos pecados. Assim, Ele “satisfez as exigências da justiça” e estendeu a misericórdia a todos os que se arrependerem e seguirem ao Senhor.[38] Porque Ele pagou o preço de nossos pecados, não teremos que sofrer a punição, se nos arrependermos.[39]
A misericórdia é concedida à cada um de nós quando Deus nos perdoa de nossos pecados.[40]Tal compaixão pode parecer estar em conflito com a lei da justiça que não permite que qualquer coisa imunda habite com Deus. Mas a Expiação de Jesus Cristo tornou possível a Deus “ser um Deus perfeito, justo e também um Deus misericordioso”.[41] O Salvador satisfez os requisitos da justiça quando tomou nosso lugar e sofreu a pena de nossos pecados. Por causa deste ato altruísta, o Pai pode ser misericordioso removendo a punição e recebendo-nos em Sua presença. A fim de receber o perdão do Senhor, devemos nos arrepender de nossos pecados, sinceramente. Como ensinou o profeta Alma, “a justiça exerce todos os seus direitos e a misericórdia também reclama tudo quanto lhe pertence; e assim ninguém, a não ser o verdadeiro penitente, é salvo”.[42]
O versículo 6 descreve o estado decadente e pecador da humanidade: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”. Abinádi, no Livro de Mórmon, apresenta “… as iniqüidades de todos nós”.[43] “Cada um se desviava pelo seu caminho” significa que eles saíram do caminho estreito e apertado do Senhor; abandonaram o conhecimento do Plano de Salvação.[44] O Senhor Jesus Cristo—o mesmo que era conhecido como Jeová no Velho Testamento—tomou sobre Si os pecados de toda humanidade. Mateus, no Novo Testamento, cita esta passagem como tendo sido cumprida através do sofrimento de Cristo no Getsêmani e sobre a cruz.[45]
O Senhor, em escrituras modernas, usou palavras semelhantes para descrever a iniquidade da humanidade nos últimos dias:
“Não buscam o Senhor para estabelecer sua justiça, mas todo homem anda em seu próprio caminho e segundo a imagem de seu próprio deus, cuja imagem é à semelhança do mundo e cuja substância é a de um ídolo que envelhece e perecerá em Babilônia, sim, Babilônia, a grande, que cairá” (ênfases adicionadas).[46]
O versículo 6 abrange o texto de “O Messias” de Handel, Parte 2 número 26—Refrão, “Todos Nós Andávamos Desgarrados como Ovelhas”.
O versículo 7 descreve acontecimentos que precederam a crucificação do Senhor: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca”. Abinádi testifica: “E depois de tudo isso, após haver realizado grandes milagres entre os filhos dos homens, será conduzido, sim, segundo disse Isaías: Como a ovelha permanece muda perante seus tosquiadores, também ele não abriu a boca”.[47]
Néfi usou, frequentemente, o título “o Cordeiro de Deus” ao referir-se a Jesus Cristo. Quarenta e quatro referências ao “Cordeiro” aparecem na visão de Néfi registrada em 1 Néfi 11‑14. O uso deste título deve ter sido baseado no de Isaías, encontrado aqui no versículo 7.[48] Este título refere-se ao sacrifício infinito que seria oferecido por Jesus Cristo ao dar Sua própria vida, simbolizado sob a Lei de Moisés pelo cordeiro expiatório cerimonial.[49]
Lucas, no Novo Testamento, descreve o cumprimento desta profecia:
“E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito; porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal.
“E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia.
“E estavam os principais dos sacerdotes, e os escribas, acusando-o com grande veemência.
“E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente e tornou a enviá-lo a Pilatos”.[50]
Os versículos 6 e 7 contêm um quiasma:
A: (6) Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho;
B: mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
C: (7) Ele foi oprimido
C: e afligido, mas não abriu a sua boca;
B: como um cordeiro foi levado ao matadouro,
A: e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Neste quiasma o sacrifício do Senhor Jesus Cristo é comparado ao do cordeiro expiatório sob a Lei de Moisés, o qual representava o sofrimento, crucificação e morte do Redentor. “O Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” complementa “como um cordeiro foi levado ao matadouro”.
O versículo 7 contém um quiasma distinto:[51]
A: (7) Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca;
B: como um cordeiro foi levado ao matadouro,
B: e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores,
A: assim ele não abriu a sua boca.
O Senhor recusaria a responder às perguntas de Herodes, que tinha o poder para poupar Sua vida ou condená-Lo à morte. “Mas não abriu a sua boca” é equivale à frase “assim ele não abriu a sua boca”. “Como um cordeiro foi levado ao matadouro” é equivalente à “como a ovelha muda perante os seus tosquiadores”, atestando que o sofrimento e morte de Cristo—o sacrifício culminante sob a Lei de Moisés—foram tipificados pelo cordeiro expiatório cerimonial.
O versículo 8 prediz a morte de Cristo: “Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido”. O Livro de Mórmon apresenta: “Da prisão e do julgamento foi tirado; e quem declarará sua geração? Porque foi arrancado da terra dos viventes; pelas transgressões de meu povo foi ferido”.[52] A versão SUD da Bíblia de King James em inglês também usa o termo “prisão”, juntamente com várias outras traduções modernas da Bíblia.[53] Entretanto, não há nenhum registro no Novo Testamento de Jesus tendo sido colocado em uma prisão, apesar de haver sido levado à força, detido e açoitado; instalações para açoites e outras formas de torturas eram parte das prisões antigas. “Juízo”, aqui, implica “equidade”; as ações dos judeus foram completamente injustas e ilegais.[54] “Quem declarará sua geração?” afirma a origem divina de Jesus—literalmente, o Filho unigênito do Pai.[55]
Abinádi explica as significâncias doutrinais em detalhes:
“Sim, desse modo será conduzido, crucificado e morto, a carne sujeitando-se à morte, a vontade do Filho sendo absorvida pela vontade do Pai.
“E assim rompe Deus as ligaduras da morte, havendo conquistado a vitória sobre a morte; dando ao Filho o poder de interceder pelos filhos dos homens—
“Havendo ascendido ao céu, tendo as entranhas cheias de misericórdia; estando cheio de compaixão pelos filhos dos homens; interpondo-se entre eles e a justiça; havendo rompido as ligaduras da morte, tomado sobre si as iniqüidades e transgressões deles, havendo-os redimido e satisfeito as exigências da justiça”.[56]
Lucas, no Novo Testamento, registrou a crucificação e morte de Jesus:
“E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
“E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.
“E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre.
“E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo.
“E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: Este é o rei dos Judeus ….
“E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;
“E rasgou-se ao meio o véu do templo.
“E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.
“E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.[57]
O versículo 8 foi colocado em música em “O Messias” de Handel, Parte 2 número 31—Recitativo para Tenor, “Foi Cortado da Terra Dos Viventes”.
Os versículos 7 e 8 são citados em Atos:
“E, correndo Filipe, ouviu que lia [o eunuco] o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?
“E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.
“E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca.
“Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra”.[58]
Note que nesta apresentação do versículo 8 a palavra “humilhação” toma o lugar de “prisão”, seguindo a redação da Septuaginta.
O versículo 9 prediz o sepultamento de Cristo: “E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca”. O Livro de Mórmon apresenta “… porquanto nunca fez mal ….”.[59] Sua associação com os ímpios na morte refere-se aos dois ladrões com quem ele foi crucificado,[60] e foi num sepulcro emprestado por um homem rico, José de Arimatéia, onde Ele foi sepultado.[61] A declaração de Isaías de que Ele nunca havia cometido injustiça e que nunca fez mal testifica ao estado inocente, sem pecados, de Jesus.
O Apóstolo Pedro citou o versículo 9:
“Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.
“O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.
“O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente” (ênfases adicionadas).[62]
Os versículos 8 e 9 contêm um quiasma:
A: (8) Da opressão e da prisão foi tirado; e quem declarará sua geração? Porquanto foi cortado da terra dos viventes;
B: pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
C: (9) E puseram a sua sepultura com os ímpios,
C: e com o rico na sua morte;
B: ainda que nunca cometeu injustiça,
A: nem houve engano na sua boca.
As declarações contrastantes deste quiasma testificam da inocência de Cristo e da injustiça do julgamento e sentença infligidas sobre Ele. “Da opressão e da prisão foi tirado” contrasta-se com “nem houve engano na sua boca”; e “pela transgressão do meu povo ele foi atingido” é antitético à frase “ainda que nunca cometeu injustiça”.
O versículo 10 descreve as grandes bênçãos e exaltação a serem dadas por Deus, o Pai ao Senhor Jesus Cristo por causa de Seu desejo de sofrer e morrer por nossos pecados: “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por Expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão”. O Livro de Mórmon apresenta: “Todavia ao Senhor agradou feri-lo; fê-lo sofrer …”.[63] O Senhor sendo restaurado depois de ter sido ferido, os Seus dias sendo prolongados e Ele vendo a Sua posteridade são alusões à Sua gloriosa ressurreição, “as primícias dos que dormem”.[64]
Deus, o Pai não teve nenhum prazer em testemunhar o sofrimento de Seu Filho Amado. Mas comprazia-Se pela obediência inabalável de Seu Filho de realizar a Expiação, para a salvação de toda a humanidade, desde que se arrependessem.
O uso do termo “o Senhor”—traduzido do hebraico Yahovah[65] ou YHWH, significa “Jeová”—neste versículo pode parecer um problema.O propósito de Isaías, portanto, é o de apresentar a ideia ambiguamente, de uma forma que poderia somente ser entendida através da influência do Espírito.[66] Em um capítulo anterior, Isaías usou “Jeová”, enquanto que o Senhor ressuscitado, ao citar o mesmo versículo aos nefitas, usou “o Pai”.[67] O uso do termo “Jeová” por Isaías não é contraditório devido ao fato que o Senhor Jesus Cristo, que é Jeová do Velho Testamento, testificou durante Seu ministério mortal que tudo que Ele fez foi em cumprimento aos mandamentos dados a Ele pelo Pai.[68] Tudo que Deus, o Pai, e Seu Filho Jesus Cristo fazem é em completa união de propósito.[69]
Abinádi explica:
“E agora vos pergunto: Quem declarará sua geração? Eis que vos digo que quando sua alma servir de oferta pelo pecado, ele verá a sua semente. E que dizeis agora? E quem será a sua semente?
“Eis que vos digo que quem tenha ouvido as palavras dos profetas, sim, de todos os santos profetas que profetizaram sobre a vinda do Senhor, digo-vos que todos aqueles que tenham escutado suas palavras e acreditado que o Senhor redimiria seu povo e hajam esperado ansiosamente pelo dia da remissão de seus pecados, eu vos digo que estes são a sua semente, ou seja, os herdeiros do reino de Deus.
“Porque estes são aqueles cujos pecados ele tomou sobre si; estes são aqueles por quem ele morreu, para redimi-los de suas transgressões. E agora, não são eles sua semente?”[70]
Devido a Seu sacrifício redentor, o Senhor Jesus Cristo torna-se o Pai espiritual dos que se beneficiarem com o Seu sacrifício—ou o Pai de sua salvação. Isto é consistente com e fornece uma explicação para a declaração feita anteriormente por Isaías: “… e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (ênfases adicionadas).[71]
Bruce R. McConkie testifica:
“E agora, quanto à Expiação perfeita realizada pelo derramamento do sangue de Deus, eu testifico que se consumou no Getsêmani e no Gólgota; e quanto a Jesus Cristo, testifico que é o Filho do Deus Vivo, que foi crucificado pelos pecados do mundo. Ele é nosso Senhor, nosso Deus e nosso Rei. Isto sei por mim mesmo, independente de qualquer outra pessoa. Sou uma de suas testemunhas, e num dia que se aproxima, apalparei as marcas dos cravos em suas mãos e pés, e hei de derramar lágrimas sobre seus pés. Mas não terei mais certeza do que tenho agora de que ele é o Filho do Deus Todo-Poderoso, o Salvador e Redentor, e que a salvação vem pelo seu sangue expiatório, e de nenhuma outra forma”.[72]
No versículo 11, Deus, o Pai, fala a respeito de Seu Filho: “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si”. O Pai refere-se ao Seu Filho como “o meu servo, o justo”, porque Jesus serviu-Lhe fiel e obedientemente.[73] Aqui, o Pai declara Sua satisfação com a Expiação, a ser realizada através do sofrimento e morte do Senhor Jesus Cristo.
No versículo 12, o Pai promete grandes bênçãos a Seu filho, Jesus Cristo: “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”. O Livro de Mórmon apresenta “… tomou sobre si os pecadosde muitos …”.[74] Deus, o Pai, torna o Seu Filho, Jesus Cristo, herdeiro de tudo o que Ele possui.[75]Ele sendo contado com os transgressores ocorreu quando foi crucificado entre dois ladrões, e Ele levando sobre Si o pecado de muitos e intercedendo pelos transgressores descreve Seu sacrifício expiatório, que torna a salvação possível.
Marcos declarou o cumprimento da profecia do versículo 12: “E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda. E cumprindo-se a escritura que diz: E com os malfeitores foi contado” (ênfases adicionadas).[76]
Em Doutrina e Convênios, Joseph Smith presta testemunho do evangelho:
“E este é o evangelho, as alegres novas, que a voz do céu nos testificou—
“Que ele veio ao mundo, sim, Jesus, para ser crucificado pelo mundo e para tomar sobre si os pecados do mundo e para santificar o mundo e purificá-lo de toda iniqüidade;
“Para que, por intermédio dele, fossem salvos todos os que o Pai havia posto em seu poder e feito por meio dele.[77]
Os versículos 10 até 12 contêm um quiasma:
A: (10) Todavia, ao Senhor agradou moê-lo,
B: fê-lo sofrer;
C: quando a sua alma se puser por Expiação do pecado,
D: verá a sua posteridade,
E: prolongará os seus dias;
E: e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
D: (11) Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito;
C: com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos;
B: porque as iniqüidades deles levará sobre si.
A: (12) Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas elelevou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Neste quiasma os significados escondidos são esclarecidos ao fazer-se o emparelhamento de frases. “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo” complementa “… porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”. “Fê-lo sofrer” compara-se com “as iniqüidades deles levará sobre si”; e “quando a sua alma se puser por Expiação do pecado” complementa “com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos”. A Expiação—que foi realizada através do sofrimento e morte do Redentor—possibilita a humanidade a ser purificada dos pecados por meio da intercessão de Cristo.
Abinádi sumariza, eloquentemente, adicionando seu testemunho pessoal depois de citar por complete o capítulo 53 de Isaías ao iníquo rei Noé e sua corte:
“Há, porém, uma ressurreição; portanto a sepultura não tem vitória e o aguilhão da morte é desfeito em Cristo.
“Ele é a luz e a vida do mundo; sim, uma luz sem fim, que nunca poderá ser obscurecida; sim, e também uma vida que é infinita, de modo que não pode mais haver morte.
“Isto que é mortal se revestirá de imortalidade e isto que é corrupção se revestirá de incorruptibilidade; e serão levados diante do tribunal de Deus, a fim de serem julgados por ele de acordo com as suas obras, sejam elas boas ou sejam elas más—
“E agora, não deveis tremer e arrepender-vos de vossos pecados e lembrar-vos de que somente em Cristo e por meio dele podereis ser salvos?
“Portanto, se ensinais a lei de Moisés, ensinai também que ela é uma prefiguração das coisas que estão para vir—
“Ensinai-lhes que a redenção é alcançada por meio de Cristo, o Senhor …”.[78]
NOTAS
[1]. Ver também Isaías 7:14; 9:6; 11:1; 59:20.
[2]. Dicionário Bíblico—Quotations.
[3]. Ver English Translation of the Septuagint [Tradação em Inglê da Septuagintas]: Sir Lancelot Charles Lee Brenton (1807-1862); originalmente publicado por Samuel Bagster & Sons, Ltd., London, 1851. Disponível, atualmente, na website “Christian Classics Ethereal Library” [“Biblioteca de Obras Cristãs Voláteis”] (CCEL),http://www.ccel.org/bible/brenton/Isaías/index.html. De acordo com informações dadas, todos os documentos nesta website são de domínio público e podem ser baixado para qualquer propósito.
[4]. Isaías 48 e 49 são citados em 1 Néfi 20 e 21; Isaías 50 e 51 são citados em 2 Néfi 7 e 8; Isaías 52:1-2 é citado em 2 Néfi 8:24-25; Isaías 52:1-3 é citado em 3 Néfi 20:36-38; Isaías 52:6-7 é citado em 3 Néfi 20:39-40; Isaías 52:7-10 é citado em Mosias 12:21-24; Isaías 52:8-10 é citado em 3 Néfi 20:32-35; Isaías 52:11-15 é citado em 3 Néfi 20:41-45; Isaías 53 é citado em Mosias 14; e Isaías 54 é citado em 3 Néfi 22.
[5]. Ver Mosias 15:1-31.
[6].Victor L. Ludlow, Isaiah: Prophet, Seer, and Poet [Isaías: Profeta, Vidente e Poeta]: Deseret Book Company, Salt Lake City, Utah, 1982, p. 358-360. Ludlow, 1982, p. 358-360. Os quatro salmos de servo estão em Isaías 42:1-4, 49:1-6; 50:4-9 e 52:13 até 53:12.
[7]. Ver João 6:38.
[8]. Ver Isaías 49:5; Amós 3:7; Apocalipse 10:7.
[9]. Ludlow, 1982, p. 358-360.
[10]. Ver Doutrina e Convênios 1:17, 29; 19:13; 28:2; 35:17-18.
[11]. Ver D&C 1:6; 42:63; 44:1; 68:5-6; 133:30, 32.
[12]. Ver Isaías 41:8-10 e comentário pertinente.
[13]. Mosias 14:1.
[14]. Ver Éter 12:6; D&C 105:19. Compare com Mateus 12:39; 16:4.
[15]. Ver Mosias 13:33; 3 Néfi 11:10; 15:10; 20:24; Helamã 8:19-22.
[16]. João 12:37-38.
[17]. Ver Mateus 1:22-23 (Isaías 7:14); Mateus 2:15 (Hosea 11:1); Mateus 2:17-18 (Jeremias 31:15); Mateus 2:23 (escritura perdida); Mateus 4:14-16 (Isaías 9:1-2); Mateus 8:16-17 (Isaías 1:5, 53:6); Mateus 12:17-20 (Isaías 42:1-3); Mateus 13:14 (Isaías 6:10); Mateus 13:35 (Salmos 78:2); Mateus 21:4-5 (Isaías 62:11, Zacarias 9:9-11); Mateus 26:56 (Isaías 2:3, 54:13); Mateus 27:9 ( Zacarias 11:12, “Jeremias”); Mateus 27:35 (Salmos 22:18); Marcos 4:11-12 (Isaías 6:10); Marcos 15:28 (Isaías 53:12); Lucas 4:18-21 (Isaías 61:1-2); João 12:37-38 (Isaías 53:1):João 12:40 (Isaías 61:1-2); João 13:18 (Salmos 41:9); João 15:25 ( Salmos 69:4); João 17:12, 18:9 (escritura perdida); João 19:24 (Salmos 22:18); João 19:28 (Salmos 69:21); João 19:36 (Êxodo 12:46); Atos 1:16 (Salmos 41:9); Atos 3:18.
[18]. Romanos 10:16.
[19]. Bruce R. McConkie, “Quem Deu Crédito à Nossa Pregação?” A Liahona, Fevereiro de 1982, p. 83.
[20]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 1926, p. 214; Ver também Isaías 53:2, nota de rodapé da versão SUD da Bíblia de King James em inglês 2d.
[21]. Mosias 15:1.
[22]. Lucas 2:6-7.
[23]. Mosias 15:5.
[24]. 2 Néfi 10:3.
[25]. Howard W. Hunter, “Mestre, o Mar se Revolta”, A Liahona, Janeiro de 1985, p. 35.
[26]. D. Kelly Ogden, “Isaiah Chapter Review [Revisão dos Capítulos de Isaías]: Mosias 14/Isaías 53”, Book of Mormon Reference Companion [Companheiro Referencial do Livro de Mórmon]: Dennis L. Largey, ed., Deseret Book Company, Salt Lake City, UT, 2003, p. 394.
[27]. 2 Néfi 9:20-21.
[28]. Mateus 8:16-17.
[29]. Brown et al., 1996, Número de Strong 7965, p. 1022.
[30]. 1 Pedro 2:24.
[31]. Ver Mateus 26:36; também Marcos 14:32.
[32]. Lucas 22:39-44.
[33]. D&C 19:15-20.
[34]. Ver Sempre Fiéis:Tópicos do Evangelho A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, direitos autorais por Intellectual Reserve, Inc., 2004, “Justiça”, p. 109.
[35]. Ver D&C 130:20-21.
[36]. Ver 1 Néfi 10:21.
[37]. 2 Néfi 2:7.
[38]. Ver Mosias 15:9; Alma 34:14-16.
[39]. Ver D&C 19:15-20.
[40]. Ver Sempre Fiéis, 2004, “Misericórdia”, p. 111-113.
[41]. Alma 42:15.
[42]. Alma 42:24; Ver Alma 22-23, 25.
[43]. Mosias 14:6.
[44]. Ver Isaías 26:7-8; 28:7; 40:3; 55:7 e comentário pertinente.
[45]. Ver Mateus 8:17; Ver Isaías 6:10, comentário pertinente e nota de rodapé.
[46]. D&C 1:16.
[47]. Mosias 15:6.
[48]. Ver também Moisés 7:47.
[49]. Ver Levítico14:12-20; Gênesis 22:7-8; Êxodo 12:3-10, 21; 29:39-41.
[50]. Lucas 23:8-11.
[51]. Donald W. Parry, Harmonizing Isaiah: Foundation for Ancient Research e Mormon Studies (FARMS) at Brigham Young University [A Harmonização de Isaías: Fundação de Pesquisas Antigas e Estudos Mórmons na Universidade Brigham Young], Provo, Utah, 2001, p. 263.
[52]. Mosias 14:8.
[53]. Especificamente a versão em espanhol de Reina-Valera SUD, 2009, e as traduções Latinas de Jerome. Traduções da Bíblia usadas para comparação neste comentário foram acessadas na website “The Unbound Bible” [“A Bíblia Desencadernada”] em http://unbound.biola.edu. A website é fornecida e mantida pela Biola University [Universidade Biola], Administrative Computing [Computação Administrativa], 3800 Biola Ave., La Mirada, California 90639.
[54]. Ver Isaías 1:21; 30:18; 32:1; 33:5; 41:1; 49:4.
[55]. Ver João 3:16.
[56]. Mosias 15:7-9.
[57]. Lucas 23:33-38, 44-47. Ver também Mateus 27:33-51; Marcos 15:22-39; João 19:16-37.
[58]. Atos 8:30-33.
[59]. Mosias 14:9.
[60]. Ver Lucas 23:32, 39-43.
[61]. Ver Lucas 23:50-53.
[62]. 1 Pedro 2:21-23.
[63]. Mosias 14:10.
[64]. 1 Coríntios 15:20.
[65]. F. Brown, S. Driver, e C. Briggs, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon [Léxico Hebraico e Inglês de Brown-Driver-Briggs]: Hendrickson Publishers, Peabody, MA, 01961-3473, 1996, Número de Strong 3068, p. 217-218.
[66]. Ver Isaías 6:9 e comentário relacionado.
[67]. Ver Isaías 52:9; compare 3 Néfi 20:34.
[68]. Ver João 8:28-29; 15:10; Moisés 4:2.
[69]. Ver 3 Néfi 11:27 e João 10:30.
[70]. Mosias 15:10-12.
[71]. Isaías 9:6.
[72]. Bruce R. McConkie, “O poder purificador do Getsêmani,” A Liahona, Julho de 1985, pág. 11.
[73]. Ver Isaías 42:1 e comentário pertinente; compare Mateus 12:18.
[74]. Mosias 14:12.
[75]. Hebreus 1:1-2.
[76]. Marcos 15:27-28; Ver Lucas 22:37; também Isaías 6:10, comentário pertinente e nota de rodapé.
[77]. D&C 76:40-42.
[78]. Mosias 16:8-10, 13-15.